Viciado em Cinema e TV (A Sequela) por Nuno Cargaleiro

Agosto 30 2005

Tenho que avisar-vos previamente que estou a passar por um momento na minha vida em que estou muito bem humorado, logo é natural que seja um pouco condescendente com os filmes que tenho visto e criticado. Correndo o risco de também o ser com este filme, devo indicar-vos que me agradou... mas a frontalidade impede-me de dizer que adorei.

É refrescante (já sei que vou ser gozado por utilizar esta palavra) ver ficção cientifica que não seja "made in Hollywood", é fascinante a presença de Alan Rickman (na voz do robot depressivo Marvin) e John Malkovich no elenco, é engraçado o "momento musical" dos golfinhos (sim, leram bem), é curioso a forma como a Terra vai logo a abrir no início, é típico o humor britânico utilizado,... porém o filme promete mais do que oferece.

Sejamos realistas, este filme é uma comédia de aventuras com um pequeno toque romântico para ajudar amores de verão... mais nada. Serve para divertir, mas não traz mais nada... Não é de acreditar que haja sequela, até porque tem um humor muito "sui generis", que nem todos gostam. Porém o principal defeito do filme é o "universo limitado" que nos apresenta. Para um título de "À Boleia pela Galáxia", que está mais ou menos adaptado do original, seria de esperar conhecer mais "aliens" em profundidade do que aqueles que aparecem...

Em suma, um filme para uma tarde de sol, onde apetece descontrair e divertir...

3 estrelas
Bom
publicado por Nuno Cargaleiro às 14:11

Agosto 30 2005
publicado por Nuno Cargaleiro às 09:28

Agosto 30 2005

8 minutos de tensão...
Até onde iria...

Jodie Foster
... para salvar aquele que ama?

Peter Sarsgaard
Sozinho num avião...

Sean Bean
... contra tudo e contra todos...

Erika Christensen
... desafiando a loucura.

publicado por Nuno Cargaleiro às 06:21

Agosto 29 2005

publicado por Nuno Cargaleiro às 12:30

Agosto 29 2005

Para quem ainda não sabe a que filme me refiro...

Vejam AQUI...

publicado por Nuno Cargaleiro às 08:45

Agosto 29 2005

Trailer
Devo dizer-vos que estou um pouco ansioso para poder ver este filme. Tenho o livro!... Digam vocês se também vos parece o mesmo...
publicado por Nuno Cargaleiro às 07:31

Agosto 29 2005

Trailer
Já está online o novo trailer do filme "DOOM", e só tenho uma coisa a dizer... Woooooowww!!!... O filme de facto promete, e já não estou tão reticente relativamente aos 10 minutos de FPS...

Tirem vocês a prova dos nove!... E já agora, lembram-se dos tempos "chatos" no Doom em que ficávamos sem munições e só tinhamos disponível uma miserável motosserra?...
publicado por Nuno Cargaleiro às 05:46

Agosto 24 2005


Felizbela (Custódia Galego):"Esquece tudo o que te disse
Leva as promessas que fiz
Manter este amor é pura tolice
O teu coração nunca o quis
O nosso amor não tem futuro
Já não o queres na velhice"


Devo dizer-vos que é com muita pena minha que não vi este filme no cinema, tendo tido só a oportunidade de o conhecer quando a RTP teve uma ideia de génio e transmitiu-o durante a noite da passada terça-feira. Lamento esta perda porque ele merece ser visto numa tela grande, com o cheiro da sala a impreguenar-nos, com gente a passar à nossa frente para sentar-se, com a possibilidade de ouvirmos os risos dos outros durante as cenas milamborantes que apresenta. Este filme respira vida, representa vida, e mostra-nos que o cinema português pode ser creativo, divertido, "popular", e complexo sem ser pseudo-intelectual.

No cerne da história encontramos uma família completamente disfuncional, onde o pai (António Capelo) e a mãe (Custódia Galego) encontram-se, ao mesmo tempo, numa crise de meia idade. Ele procura algo que não sabe explicar e que não tem, encontrando algo refúgio no ilusionismo; e ela procura o amor e desejo que não tem por parte do seu marido, o que lhe causa um conflicto interior de paixão, ódio, e ciúme. No meio temos uma família onde a filha Joana (Cleia Almeida) só quer ter paz e estar à vontade com o namorado Pankas (Alexandre Pintor, o actor revelação de "Os Mutantes"), um avô que estando no "inverno da vida" vê o aproximar da morte, recordando com saudade o passado e a felicidade sentida quando tinha as suas terras e o seu rebanho de ovelhas; e um bode que acompanha o avô por onde anda, mas que tem também a tendência de surgir nos locais mais estranhos e improváveis. Este núcleo familiar desequilibrado vê a chegada de Bárbara (Amélia Corôa), uma jovem com aspecto frágil (mas extremamente revoltada por um trauma familiar do passado) e não imaginam que será ela que irá criar o peso que faltava para "destruir" aquele castelo de cartas que sobrevive à custa de aparências.

O realizador António Ferreira já me teria surpreendido na sua curta-metragem "Respirar Debaixo de Água", onde mostra que para além de ser um bom contador de história, compreendendo a necessidade de silêncios e de diálogos, e também bom conhecedor das personagens, e mais do que isso, um orientador de actores. Graças à forma de visão deste realizador, que Portugal precisa muito no seu cinema, o espectador aproxima-se das personagens, conseguindo compreender e identificar-se com os seus estados de espírito. A sua mestria em "manipular" personagens permite-lhe misturar comédia e drama a roçar o trágico de uma forma que poucos conseguiriam. Este filme é prova, mostrando à medida que se vê que não é propriamente o filme fácil que esperava ao início... Mas aí é tarde, e o espectador está tão embrenhado no seu entusiasmo que já não tem coragem de fugir.

O mais mágico neste filme é que tudo tem um significado extremo, Messias (António Capelo) é o messageiro da mudança, e será o mensageiro da desgraça e o primeiro que aparentemente percebe a visão optimista de mudança que o filme encerra; Felizbela (Custódia Galego, que saliente-se, está maravilhosa e prova o quão subvalorizada esta actriz é) é o contrário do que o seu nome significa, mas procura desesperadamente o equilibrio consigo para poder encontrar a felicidade que tanto anseia; e Bárbara (Amélia Corôa) é destruidora sem sentido e sem causa, que sem qualquer conteúdo procura agarrar-se a qualquer sentimento para poder evitar o confronto e a memória do passado, já que sempre que o faz perde a consciência. António Ferreira mostra tudo isto com um sentido de humor fabuloso e hilariante, onde Custódia Galego seja ao apogeu com a sua "Felizbela" de cigarro sempre na boca...

"Esquece Tudo o que Te Disse" teve, infelizmente, uma participação pouca activa nos cinemas portuguesas, o que é de lamentar. Quando alguém falar sobre o estado do cinema português, por favor lembrem a essas pessoas este título, assim como "Os Imortais", que são marca das nossas potencialidades. Ainda assim, António Ferreira ganhou os Prémios de Talento e da Imprensa na sessão de 2003 dos Caminhos do Cinema Português.

Um óptimo filme para ver, apreciar, digerir e divulgar... Sem dúvida, uma das pérolas dos últimos anos no horizonte do cinema português.

4 estrelas
Muito Bom

publicado por Nuno Cargaleiro às 15:17

Agosto 24 2005

publicado por Nuno Cargaleiro às 11:30

Agosto 23 2005

Trailer (vários formatos)
publicado por Nuno Cargaleiro às 11:31

Agosto 2005
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