John McClane: Yippie-ki-yay, mother...
12 anos depois, eis que John MacClane regressa!...
Num período onde se começa a olhar de lado para "blockbusters", este filme representa que ainda é possível criar um filme de puro entretenimento, com um argumento consistente, e acção "non stop"...
Um dos maiores trunfos deste filme passa pelo amadurecimento profissional de Bruce Willis!... Hoje em dia, este actor já não "tem nada a perder", e graças a provas dadas, acaba por lançar-se em projectos pelo simples gosto no mesmo. Assim, este John MacClane assemelha-se um pouco à figura do primeiro filme, que acaba por se ver envolvido num ataque nacional, através do total controlo informático e de recursos básicos (água, electricidade, gás), e responde directamente.
Contudo este "action hero" não se demonstra ser do tipo "mostrem-se os mauzões"!... Pelo contrário, responde sempre na linha do primeiro objectivo que lhe foi fornecido: escoltar o hacker Matt Farrell (Justin Long), que poderá saber mais do dito ataque do que inicialmente parece.
O que distingue sobretudo esta sequela das duas anteriores, é a capaz adaptação do género aos tempos modernos, seja pelo conceito, seja pelas personagens de Matt Farrell (a antítese de John MacClane, um "geek" informático cobardolas, com manias hipocondriacas e nariz algo empinado) ou por Lucy MacClane (a filha de John, a cargo da actriz Mary Elizabeth Winstead, que nos apresenta um representação feminina do pai, dura e com espírito de sobrevivência). Através destes dois, este filme alcança as gerações mais novas que vivem à base de aventuras como "Fast and Furious", e não tiveram o gozo que os trintões e quarentões de hoje tiveram a ver o primeiro "Die Hard" na tela do cinema. Talvez por isso é que presenciei este filme, a plateia era tão heterogénea, mas todos envolvidos nos momentos de comédia e acção.
O único ponto negativo passa pelo casting do vilão principal: Timothy Olyphant é um bom secundário, mas não tem o carisma que Jeremy Irons ou Alan Rickman. Neste papel, Maggie Q consegue uma melhor prestação, na pele da serena Mai, capaz de se proteger e servir de contraponto a MacClane, numa das melhores cenas de luta do filme...
Passados 19 anos da estreia do primeiro filme da série, esta personagem destaca-se como um do poucos sobreviventes nesta nova era de filmes de acção, sendo sem dúvida o genuíno "last action hero"!...
Um filme para fãs, ou simplesmente para quer um bom entretenimento, sem grandes presunções. Um filme que é como a sua personagem principal: rápido, directo, cómico, e explosivo...
Muito Bom
4 Estrelas