Viciado em Cinema e TV (A Sequela) por Nuno Cargaleiro

Julho 28 2007

 

 

 Homer Simpson: Did I save the day?

Bart Simpson: Actually, you've doomed us all!

Homer Simpson: D'OH!

 

A muito esperada passagem dos Simpsons para o grande ecrã funde-se num misto de estranheza e delírio... Que é certo que não descuida da tecnica muito treinada ao longo de 19 anos, a verdade é que não acrescenta nada de novo. "Bigger Longer & Uncut" era o subtítulo da adaptação cinematográfica de "South Park", que parece também fadada à adaptação de "The Simpsons". Embora estejamos habituados a errendos algo "weird" e "non-sence" durante as várias séries, o certo é que o conceito deste filme parece fruto de uma tentativa de jogar pelo seguro, estimulando a renovação para novas séries, e apalpando o terreno para uma "história que o público pode ver gratuitamente em casa"...

 

O mais curioso neste facto passa pela produção assumir, indirectamente, esta situação, e na maior parte das vezes gozar consigo mesma, e com todo o programa, numa jogada inteligente de "fair play" e de sentido de oportunidade.

 

Para aqueles que esperam um "episódio longo" de "The Simpsons", estão um pouco desenquadrados. A série, como estamos habituados, não está representada nos vários aspectos do dia à dia, desperdiçando personagens como o Director Skinner ou o pérfido Mr. Burns para personagens secundárias, quase cameos. Este filme gira principalmente na família amarela que se habituou em aperecer nos nossos televisores, embora seja Homer que ganhe especial destaque...

 

Quanto à história, apesar de todos os twists, é simples: Homer faz merda, Homer foge, Homer tem que concertar o seu erro. No meio disto, vemos a representação de uma família que corre risco iminente de se desmembrar, e verificamos que as histórias secundárias de Bart e de Lisa se perdem no decurso deste argumento, adivinhando que serão desenvolvidas posteriormente nos novos episódios da série televisiva.

 

O grande trunfo de "The Simpsons Movie", apesar destes "defeitos", é não se levar a sério, e como tal, servir como uma forma de entretenimento para qualquer espectador... Até o surgimento do fabuloso "Spider Pig" é um momento de humor muito bem conseguido.

 

Ao sair do cinema, o espectador não se sente defraudado, pois de facto riu do início até ao fim (e quando digo fim, é MESMO até ao último momento da ficha técnica). Contudo o fã mais entusiasmado não deixa de sentir um toque de maior expectativa, ansiado que o próximo capítulo (porque de certeza existirá uma sequela), onde tudo pareça menos "weird" e mais "yellow".

 

Apesar destes reparos, não posso deixar de reconhecer-lhe o valor como produto isolado, e como bom momento de entretenimento... Contudo, verificando-se a mesma situação num novo projecto, o mais certo é que o público (e comigo incluido) não seja tão benevolente.

 

Muito Bom

4 Estrelas

 

 

 

 

publicado por Nuno Cargaleiro às 23:50
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Julho 28 2007

 

 

Clica-me...

 

publicado por Nuno Cargaleiro às 19:23
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Julho 27 2007

 

 

 

 

 

publicado por Nuno Cargaleiro às 13:34
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Julho 27 2007

 

 

O novo filme de Ang Lee, numa tragédia de amor em tempos de guerra...

 

 

 

publicado por Nuno Cargaleiro às 02:24
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Julho 27 2007

 

 

 

"A Rapariga Morta" é uma experiência interessante sobre o impacto que um acontecimento pode ter na vida de outros, determinando por vezes, situações que geram mudança, e apresentam um melhor rumo para esta personagem. Como se a natureza vivesse num equilíbrio, onde a desgraça de um pode perspectivar, indirectamente, a felicidade de outros, ou pelo menos uma consciência diferente do mundo que os rodeia, compensando o mundo da perda de mais um elemento.

 

Dotado de um elenco feminino fabuloso, é sobretudo a imagem de Rose Byrne, Piper Laurie, Marcia Gay Harden, Kerry Washington, e Mary Beth Hurt (que faz transparecer a sua personagem numa nudez incomodativa) que sobressaem do núcleo que oscila entre o morno e o apaixonante. Especial menção para Brittany Murphy, que consegue destoar da imagem que tem passado nos seus últimos filmes, modificando inclusive a voz para um tom mais grave, a fim de se entregar a uma personagem que deve ter sido das maiores prendas que recebeu nos últimos tempos!...

 

Ao contrário de muitas películas de múltiplos enredos, "A Rapariga Morta" apresenta as suas histórias separadamente, como se fossem um conjunto de curtas metragens centradas num único tema: a morte por homicídio (brutal) de uma rapariga. A despersonalização do cadáver acaba por causar impacto na vida de mulheres que aperentemente não se sentiriam ligadas por esta figura quando esta estaria viva: uma adulta "estranha" feita adolescente dominada pelo espírito castrador da sua mãe, a "eterna" irmã de uma criança desaparecida, a esposa queixosa que confronta-se com a felicidade do seu casamento, e uma mãe que se questiona o quanto conhecia a sua filha!...

 

Apesar desta separação de enredos permitir uma maior concentração por parte do espectador, também revela os maiores defeitos do argumento. Verificamos momentos, como a história inicial, a cargo de Toni Collette, que se tornam desinteressantes, em contraste com os segmentos da "irmã" e da "esposa", onde sentimos que muita história ficou por contar. Talvez se a organização fosse outra, apresentando os diversos núcleos de um modo cruzado, esta sensação fosse atenuada. Contudo, esta situação não retira valor ao filme, simplesmente não atribui a qualidade que seria desejada.

 

Uma história de mulheres, onde a imagem de "uma rapariga morta" confronta-as com a sua mortalidade e resignação quanto ao seu quotidiano, como se um benefício fosse, num acaso do destino que tira de uma mão para apresentar rumos a outros que ainda têm oportunidade em terem oportunidades...

 

Bom

3 Estrelas

 

publicado por Nuno Cargaleiro às 01:00
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Julho 26 2007

 

 

Trailer

 

Da mão de Robert Zemeckis, e argumento de Neil Gaiman e Roger Avary, surge o primeiro trailer da adaptação da mítico história "Beowulf"...

 

"Filmado" completamente através de animação por computador, este é o novo passo de Zemeckis após o natalício "Polar Express", rendendo-se desta vez para um público mais adulto.

 

A minha expectativa é cautelosa, mas não deixo de admitir que ter no elenco nomes como Ray Winstone, Anthony Hopkins, John Malkovich, Robin Wright Penn, Brendan Gleeson, Crispin Glover, Alison Lohman, e Angelina Jolie (como a pérfida Mãe de Grendel, o Mostro) será razão suficiente para deixar escapar este projecto da minha atenção...

 

 

 

publicado por Nuno Cargaleiro às 18:28

Julho 26 2007

 

 

 

O primeiro episódio dos Simpsons quando surgiam inicialmente como uma curta animada no Tracey Ullman Show!...

 

Enjoy...

 

 

 

publicado por Nuno Cargaleiro às 11:32
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Julho 26 2007

 

 

 

Sinopse: "Os Simpsons", de Matt Groening, são os desenhos animados de maior longevidade na história da televisão nos Estados Unidos. Ao todo a série tem dezoito temporadas e mais de 383 episódios desde sua estreia em 17 de Dezembro de 1989. É vista em mais de cem países.

Altamente satírica tem como alvos principais a classe média e a mediocridade americana. O nome da cidade, Springfield, foi escolhido por ser um nome comum de cidades americanas – em todos os estados existe uma - o que garante uma crítica ainda mais abrangente ao modo de vida americano.

O canal FOX, o principal divulgador da série, também não escapa às piadas.

 

 

 

Sinopse retirada do site 7a Arte (http://www.7arte.net/)

publicado por Nuno Cargaleiro às 00:55
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Julho 24 2007

 

 

 

 Em "Death Proof" temam esta canção!...

 

publicado por Nuno Cargaleiro às 22:00
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Julho 24 2007

 

 

Stuntman Mike: Ladies, we're gonna have some fun.

 

Antes de comentar o meu primeiro gosto da experiência "Grindhouse", devo admitir que o projecto de Tarantino não seria aquele em que teria mais expectativas. O conceito inicial de um "serial killer" que ataca jovens raparigas "indefesas" munido de um carro "à prova de morte" não me parecia aliciante o suficiente para despertar o meu interesse. Paralelamente a isso, os comentários de Tarantino, admitindo que neste filme teria escrito dos melhores diálogos da sua carreira parecia-me mais "fogo de vista", num marketing a roçar o desespero... Como eu estava enganado!...

 

Tarantino consegue em "Death Proof" apresentar-nos um projecto diferente, e com uma capacidade de envolvimento do espectador, de um modo tão inesperado, que certas cenas são como um murro directo no estomâgo, criando pena, gozo, alegria, e raiva... Nunca tive uma experiência numa sala de cinema onde me apetecesse gritar em plenos pulmões, como se falasse com as personagens femininas, incentivando-as a retaliar contra aquele homem tão perigoso como patético... É certo que terá sido a minha primeira experiência, mas isto é de facto o que esperava por "uma sessão Grindhouse"!

 

O mais divertido de Tarantino é a sua cultura cinematográfica, denotada em várias referências a filmes específicos, e a estilos marginais que este projecto procura revitalizar. Numa "reciclagem" que nunca recusa as suas características principais, vemo-nos a ver um filme que poderia ter sido filmado nos anos 70, início dos anos 80, mas num contexto actual, cheio de telemóveis e carros modernos, que contrastam com o estilo "cool" de pequenas preciosidades, como o Chevy Nova de 1970 ou o Dodge Charger de 1969 que "Stuntman Mike" conduz...

 

Um dos grandes trunfos, como Tarantino já nos habituou, é a sua banda sonora, que ora num toque carregado, ora algo melodico, enaltecem todo o ambiente da cena que presenciamos...

 

Mas realmente o maior trunfo desta película são as suas protagonistas... Ser mulher e é entrar num filme de Tarantino é quase equivalente do que entrar num projecto de Almodóvar!... Embora Tarantino goste mais da imagem "sexy mamma", as suas actrizes têm uma densidade e diálogos que é raro de encontrar. Death Proof é um pleno exemplo disso. Nele surgem alguns grupos de amigas, que têm conversas naturais, honestas e abertas, aparentemente banais, mas que reproduzem a imagem de muitas mulheres que conhecemos. Curiosamente, Tarantino vai contra o esteriótipo e apresentam-nos um conjunto de heroínas inesperadas, muito para a nossa surpresa!...

 

Do grupo, as mais conhecidas, das quais se incluem Rosario Dawson, Rose McGowan e Mary Elizabeth Winstead, cumprem a sua função na trama, embora tenham um perfil mais "secundário" do que as restantes. Inesperadamente, são Vanessa Ferlito, Tracie Thoms, Zoe Bell e Sydney Tamiia Poitier que nos enchem as medidas, e que envolvem o espectador num frenesim partilhado, em busca de uma solução que salve as moçoilas de morte certa.

 

Quanto a Kurt Russell, há muito tempo que não o viamos em tão boa forma, e tão disposto a gozar com a sua imagem, num personagem que faz lembrar um Snake Plissken ("Fuga de Nova Iorque") em tons de negativo... Russell é competente, e apesar de notarmos que leva a sério esta oportunidade, certo é que não se leva demasiado a sério, fundindo-se no projecto, e contribuindo para resultado final positivo.

 

"Death Proof" é um bom exemplo da competência de Tarantino, que de planos e montagens aparentemente descuidadas consegue conferir coerência num projecto que é mais do que um modo de entretenimento, é uma experiência viva que nos estimula, numa expectativa de que "Grindhouse" ainda "tenha bastantes cartuchos" para o futuro!...

 

 

Excelente

5 Estrelas

 

 

 

publicado por Nuno Cargaleiro às 21:50
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Julho 2007
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