Viciado em Cinema e TV (A Sequela) por Nuno Cargaleiro

Julho 04 2008

 

Belén Rueda é conhecida na televisão espanhola pelas suas participações em “7 Vidas”, “Los Serranos” e “Perioditas”, já adaptados pela televisão portuguesa. Internacionalmente, destacou-se em 2004 como Julia em “Mar Adentro”, filme espanhol sensação desse ano. Em “O Orfanato” é Laura, a figura central de um enredo que mistura sobrenatural com obsessão, num argumento simples e inteligente que motivou a sua escolha como representante espanhol para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. Não mereceu a honra da nomeação, mas ninguém lhe retira os 30 prémios já atribuídos!

Laura regressa ao lugar onde passou grande parte da sua infância, até ser adoptada. Num casarão remoto num ambiente campestre do norte de Espanha, vive o espírito das lembranças daquele lugar e deseja retribuir em vida, criando um espaço para crianças com necessidades especiais. Com ela, traz a bagagem emocional, o marido, e o pequeno filho (Simón), que padece de uma doença misteriosa que desconhece, mas que não deixa de se abalar e ser a figura própria de um miúdo de tenra idade.

Pouco a pouco, a imaginação de Simón apresenta traços cada vez mais inquietantes, na medida que começa a descrever uma figura “invisível” que tem ramificações com o passado de Laura e daquele local. A culminação acontecerá no dia de apresentação do projecto do novo “Orfanato”, em que Simón desaparece, e Laura começa a perceber um comportamento estranho presente na casa que habita.

A realização é de Juan Antonio Bayona, argumento de Sergio G. Sánchez, mas a produção é de Guillermo del Toro. Curiosamente, nota-se a identidade de Guillermo del Toro neste projecto, que apesar de não apresentar o fascínio visual a que nos habituou, retrata um ambiente onde o sobrenatural e a realidade percorrem em paralelo por entre o enredo. Todo o argumento permite diversas perspectivas, desde as mais crentes às mais apreciadoras de realismo, sem que com isso perca coerência e impacto para o espectador.

Como a cena inicial do filme, “Orfanato” é um filme sobre fé e amor, onde a figura de Belén Rueda é o cerne e motivadora de avanço na história. Será através da sua luta em encontrar o seu filho que viveremos toda a mágoa e obsessão que este representa. Nesta perspectiva, este projecto demonstra-nos o que um filme de terror deve ser: simples, sem obrigatoriedade de “gore”, inesperado, contudo com uma narrativa humana e realista. Só assim é que o impacto nos pode assustar. E embora possa não ser uma força que nos faça saltar da cadeira, a amargura que surgirá inesperadamente levará o espectador a um horror mais identificável ao seu dia à dia, e consequentemente mais presente e assustador.

Num filme de actores e de bons diálogos, “Orfanato” não fica nada a dever a outros projectos de valor de “nuestros hermanos”, sendo um representante digno da qualidade cinematográfica que se faz para além da fronteira. Posto isto, quase dá para perguntar se Espanha não nos quer invadir! Nem que seja para conseguirmos fazer algo idêntico!

 

Muito Bom

4 Estrelas

publicado por Nuno Cargaleiro às 13:34
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Julho 03 2008
publicado por Nuno Cargaleiro às 19:08
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Julho 03 2008
 

Depois de 16 anos em Hollywood, o realizador John Woo voltou a filmar na China, dirigindo uma ambiciosa epopeia histórica em duas partes que ele espera que vir a atrair também o público ocidental, escreve a Lusa. «Através deste filme quero provar ao mundo que na China também temos capacidade e talento para fazer uma super-produção ao estilo de Hollywood», disse John Woo. O filme, «Red Cliff», cuja primeira parte deverá estrear no fim de Julho, foi considerado pela revista Variety o mais caro da história do cinema asiático, estimado em 70 milhões de dólares. A história do filme é baseada numa famosa batalha do século III D.C., quando a China estava dividida e em que cerca de 2.000 navios foram queimados. John Woo, 62 anos, nascido em Hong Kong, realizou mais de vinte filmes na sua terra natal, mas em 1992 radicou-se em Hollywood, onde dirigiu, entre outros, «Face/Off» e «Missão Impossível II». «Red Cliff», financiado por investidores da China, Japão, Coreia do Sul e Taiwan, conta com a participação de várias estrelas asiáticas, nomeadamente os actores Tony Leung Chiu-wai e Takeshi Kaneshiro.

 

Fonte: IOL

 

Para já, fica uma primeira imagem do que nos espera nesta epopeia de duas partes!

 

publicado por Nuno Cargaleiro às 19:00
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Julho 01 2008

 

Eu sei que parece que não faço mais do que isto, neste momento.

 

Mas o certo é que cada primeira 2º feira do mês sai uma nova edição da revista Online RED CARPET!... Gratuita, e pronta a ser lida!...

 

Embora o Red Carpet continue a ter o seu espaço web (http://www.redcarpetonline.net/), com notícias, trailers, conteúdos específicos, e interacção de forum, o certo é que a revista continua a surgir, procurando manter o mesmo nível de qualidade atingido em edições anteriores!...

 

"Este mês contamos com uma edição cheia de conteúdos exclusivos e que vão trazer a este mês uma lufada de ar fresco, que bem é preciso!

Podem contar com um artigo extenso onde Batman será a figura de destaque, podem também ler um artigo onde estão expostos todos aqueles actores que alteraram de forma drástica o seu corpo para interpretar um determinado papel, já para não falar das habituais críticas, top10, e outros tantos artigos que já vêem sendo habituais na Red Carpet, numa edição com 63 páginas, lançada como de costume a tempo e horas para que nada falte aos nossos leitores!

Sem mais demora, aqui fica a revista."

 

VER AQUI

 

 

 

 

publicado por Nuno Cargaleiro às 01:17

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